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O modelo das Três Linhas de Defesa vem desempenhando um papel essencial no trabalho das auditorias internas desde seu lançamento, em 2013. O documento ajudou a definir os papéis, responsabilidades e relacionamentos entre a auditoria interna e as áreas de gerenciamento das operações, de riscos e compliance.
Embora mantenha as três linhas organizacionais como premissas fundamentais, o novo modelo mudou para atender à necessidade de:
- diferenciar claramente o papel da área de gerenciamento de risco e da auditoria interna como um verdadeiro facilitador do sucesso estratégico de uma organização
- reconhecer o papel proativo, ágil e influente dos auditores internos como ‘conselheiros de confiança’
- reconhecer que deve haver um equilíbrio na interação entre as três linhas, levando-se em conta o contexto específico de cada organização.
Principais mudanças introduzidas pelo novo Modelo das Três Linhas:
O novo Modelo das Três Linhas reflete a evolução nos papéis de cada agente, introduzindo três grandes mudanças em suas diretrizes.
- Da proteção do valor à criação de valor
Uma das mudanças mais relevantes do novo modelo é que a palavra ‘defesa’ foi retirada do título. Essa novidade está alinhada com as novas diretrizes do IIA, que pretendem mudar a percepção que se tem das atividades de auditoria e gerenciamento de riscos. Em vez de focar tão somente na defesa e proteção do valor, o modelo atual considera que a auditoria e o gerenciamento de riscos podem criar valor, contribuindo para o alcance de objetivos estratégicos.
Quando se trata de liderar equipes de auditoria interna e de gerenciamento de risco, essa mudança reflete uma tendência de concentrar esforços nos principais objetivos da organização. Agora, o objetivo dessas atividades deve ser não somente identificar aquilo que pode dificultar a busca desses objetivos, mas também o que precisa estar certo.
A auditoria interna deve encontrar maneiras de operar na velocidade dos negócios e fornecer insights sobre os riscos que a organização está enfrentando. As funções de liderança já vêm adotando técnicas ágeis, asseguração contínua e asseguração de programas, quando aplicável.
A adoção dessas práticas foi acelerada durante o lockdown. Sua manutenção ajudará a empresa a se adaptar continuamente aos dinâmicos cenários de risco e controle, garantindo que os recursos tenham o foco certo e sejam adequadamente priorizados.
A agilidade também deve se estender para além dos enfoques de entregas de auditoria. Cada vez mais, os planejamentos de auditoria tradicionais – sejam eles cíclicos ou multianuais – vêm sendo substituídos por agendas flexíveis. Esse novo enfoque possibilita à auditoria interna cumprir seu papel de agregar valor, sinalizando áreas de risco emergentes.
Enfoques como esses permitem que as equipes respondam prontamente questões levantadas pelo comitê de auditoria e pela alta administração e forneçam insights tempestivos sobre riscos novos e riscos que apresentaram mudanças.
- Auditoria interna como conselheira
Outra mudança importante no novo modelo é a definição do papel da auditoria interna.
Quase sempre a auditoria interna se apresenta como “a conselheira de confiança” da organização. Tradicionalmente, isso significa que a auditoria interna se limita a auditar áreas tão familiares quanto gerenciamento de riscos, governança e controles internos.
A nova versão do Modelo das Três Linhas ampliou essa visão ao enfatizar que a auditoria interna também deve focar em todos os assuntos que tenham relação com os objetivos estratégicos e atuar como facilitadora de melhorias operacionais contínuas. No entanto, para fornecer conselhos úteis e relevantes, é necessário que auditores internos possuam experiência e habilidades que vão além das competências básicas da profissão. Ao mesmo tempo, os auditores internos precisam cuidar para que a independência seja mantida.
Áreas internas continuam explorando maneiras inovadoras de fazer parcerias e colaborar com prestadores de serviços no modelo co-sourcing. Essa iniciativa permite que se tenha acesso flexível a uma gama de recursos especializados que complementam tanto as habilidades da empresa como seu conhecimento dos negócios.
- Colaboração versus separação
Prescritivo e rigoroso, o antigo Modelo das Três Linhas de Defesa trazia uma separação clara entre os papéis e responsabilidades de cada linha de defesa e à maneira como se esperava que eles interagissem.
O novo Modelo das Três Linhas intencionalmente sugere que deve haver uma interação entre os papéis de gestão operacional da primeira linha e os papéis de risco e compliance da segunda linha. Como resultado, o Modelo das Três Linhas é mais amplamente aplicável a organizações de diferentes portes, estágios de maturidade e setores de atuação.
Na visão de Adriana Moura, sócia líder de Consultoria da Grant Thornton Brasil, a adoção desse novo modelo pelas empresas brasileiras é essencial para elevar as boas-práticas no mercado de maneira mais ampla. “É importante que cada empresa identifique suas necessidades e atue com o modelo de acordo com a própria realidade, buscando dedicar equipe técnica especializada. Integrar os trabalhos de todas demais Linhas e buscar a utilização de soluções tecnológicas eficientes nos trabalhos são aspectos igualmente importantes de uma jornada bem-sucedida em gerenciamento de riscos, criação de valor e competitividade das organizações”.
Oportunidade e desafio
O Modelo das Três Linhas atualiza o modelo conceitual do IIA com relação à atividade da auditoria. Igualmente importante, o novo modelo destaca a oportunidade que as áreas de auditoria têm de assumirem um papel mais influente.
Agora, cabe às áreas de auditoria interna saírem de sua zona de conforto e inovar, de maneira que consigam alcançar o novo objetivo proposto pelo IIA.
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