Muitas vezes, uma empresa familiar começa com os patriarcas e, assim, a governança familiar não é um problema, pois todos querem o melhor para a família e os seus valores e visão para o futuro estão alinhados.

No entanto, a chave para uma boa estrutura empresarial de governança familiar é a implementação de uma estrutura de gestão sólida e transparente. Por isso, recomendamos a formalização do seu quadro de governança antes que surjam problemas na empresa familiar.

A governança das empresas familiares torna-se crítica quando há múltiplas gerações trabalhando juntas, pois isso pode resultar em interesses conflitantes entre irmãos e pais.

Quanto mais o negócio avança ao longo da árvore genealógica, mais importante se torna um facilitador independente para garantir que a visão e os valores da sua família estejam alinhados através de estruturas de governança.

Eles também podem ajudar a próxima geração e as gerações futuras a receberem o treinamento em perspicácia financeira necessária para continuar a construir riqueza dentro da empresa familiar.

Os resultados da pesquisa “Family Business – Valores, Desafios e Perspectivas”

A Grant Thornton, em parceria com FBFE, BTG Pactual Empresas e Ricca Associados realizou, em 2023, uma pesquisa com 162 executivos de empresas familiares em todo o Brasil, que mostra que 42% dos entrevistados apontam a competitividade nos negócios como maior desafio enfrentado por eles atualmente. Um número ainda maior de empresários (50%) prevê que esse desafio deve permanecer pelos próximos cinco anos.

Além disso, a cultura organizacional alinhada à estratégia de negócios já está presente em 67% das empresas, das quais 54% afirmam que ela é de conhecimento e praticada por todos, liderança e colaboradores; em 25%, é mais praticada pela liderança; enquanto 15% dizem estar revisando os valores e objetivos em busca de uma cultura mais atual e maior engajamento dos colaboradores. Somente 6% afirmam que é muito difícil ver a cultura praticada no dia a dia.

No que se refere às práticas ESG:

  • 33% das organizações pesquisadas afirmaram que ainda não começaram a explorar essa pauta;
  • 28% já incorporaram ações com foco ambiental, social e governança;
  • 21% estão discutindo ações para seu modelo de negócios;
  • 13% estão reavaliando os focos da empresa para trabalhar nessa área,
  • e 5% já incorporaram ações ESG assim como métricas e indicadores para mensurá-las.

Outro destaque importante é que quase metade das empresas consultadas ainda não têm um Conselho Consultivo ou de Administração, para apoiar as tomadas de decisões da companhia. 

Por que contratar um facilitador externo para ajudar na governança da empresa familiar?

Na nossa experiência, muitos proprietários de empresas familiares desejam alcançar e articular um entendimento comum entre as partes interessadas da família em torno da visão de possuir e operar na prática. Isso pode incluir a gestão do negócio e a transição de propriedade daqui para frente. O programa ajudará não só no negócio, mas também nos investimentos fora do negócio.

O papel de um facilitador externo é agir objetivamente para ajudar uma empresa familiar a chegar a um acordo para criar um quadro viável para o futuro. Para que o nosso papel seja bem-sucedido, não podemos tornar-nos agentes de qualquer indivíduo dentro da empresa familiar e devemos manter uma posição neutra durante todo o processo. 

Construir um consenso onde há questões de “Família” e “Empresa” a resolver não é um processo fácil e todo o exercício precisa ser tratado de forma sensível e metódica.

Como a Grant Thornton Brasil pode ajudar?

Independentemente do tamanho da empresa e do seu setor de atuação, por meio de trocas de percepções, construímos juntos uma relação agregadora e de confiança que, com certeza, ajudará sua empresa a superar qualquer desafio – atual ou futuro.