No dia 8 de janeiro deste ano, o “The Institute of Internal Auditors” (The IIA) publicou as novas Normas Globais de Auditoria Interna.

As mudanças passam a valer a partir de 9 de janeiro de 2025 e vieram para substituir o IPPF (International Professional Practices Framework) de 2017 – que ainda podem ser utilizados durante este ano de transição. O objetivo das Normas publicadas pelo IIA é orientar a prática profissional de auditoria interna em todo o mundo e servir como referência para avaliar e elevar a qualidade da função.

dois jovens conversando, em frente ao notebook

As Normas de 2024 apresentam os 15 princípios que visam guiar uma auditoria interna mais moderna, proativa e eficaz:

  1. Demonstrar integridade
  2. Manter a objetividade
  3. Demonstrar competência
  4. Exercer o devido cuidado profissional
  5. Manter a confidencialidade
  6. Autorização do Conselho

7. Posicionamento de forma independente
8. Supervisão do Conselho
9. Planejamento estratégico
10. Gerenciamento de recursos
11. Comunicação efetiva
12. Melhoria de qualidade
13. Planejamento eficaz de compromissos
14. Engajamento na condução do trabalho
15. Comunicação de resultados e monitoramento dos planos de ação

Seguindo esta linha, as novas regras estão agora categorizadas em cinco domínios, que vão desde a finalidade da auditoria interna até o desempenho dos serviços de auditoria, cada um sustentado por princípios orientadores e normas específicas que incorporam um quadro abrangente destinado a abordar o ambiente empresarial dinâmico de hoje.

As principais mudanças

Numa era definida por mudanças rápidas e desafios complexos, esta reorganização não só simplifica a abordagem de auditoria interna, mas também gera uma perspectiva mais ampla sobre o papel da profissão na estrutura de governança das organizações.

Elas também oferecem orientações específicas para diversos ambientes, incluindo o setor público e pequenas funções de auditoria, e abordam áreas críticas como a segurança cibernética. Esta flexibilidade e especificidade são vitais para os auditores internos de todos os setores e países.

Entre as mudanças mais significativas estão:

  • Considerações tecnológicas para as necessidades da função de auditoria interna;
  • Relatórios aprimorados, incluindo considerações sobre rankings/classificações;
  • Estabelecimento de uma estratégia de auditoria interna;
  • Governança e supervisão reforçadas pelo conselho e pela alta administração - importância de uma comunicação efetiva e colaboração entre auditores e Administração; e
  • Avaliações externas de qualidade a serem conduzidas por uma equipe que inclua pelo menos um CIA (principal certificação para auditores internos).

Adriana sócia “A nova proposta demonstra uma necessidade de afastamento do modelo reativo de auditoria. Em seu lugar, passará a acontecer um trabalho mais preditivo, dinâmico e proativo, mais apropriado para o mundo atual dos negócios e viabilizado pela evolução digital.”

Adriana Moura, sócia líder de Governança, Riscos e Compliance da Grant Thornton Brasil  

Conclusão

Em resumo, as Normas de 2024 ampliam a estrutura daquelas instituídas em 2017, colocando mais foco na tecnologia e na gestão de riscos em um mundo em constante transformação, tornando obrigatória a agilidade dos profissionais de auditoria interna.

As Normas Globais de Auditoria Interna de 2024 representam uma abordagem inovadora, adaptada para enfrentar os desafios dos ambientes de negócios, tanto agora quanto nos próximos anos. Elas colocam mais foco na tecnologia e na gestão de riscos, tornando obrigatória a agilidade e capacitação diversa dos profissionais de auditoria interna - o que é fundamental em um mundo em constante transformação.

Ao absorver e incorporar estas mudanças, auditorias em todo o mundo poderão aumentar o seu valor estratégico, melhorar as estruturas de governança das organizações e contribuir de forma mais eficaz para a continuidade e prosperidade das empresas.

Essas novas regras irão certamente contribuir para a melhoria da qualidade e da credibilidade das auditorias internas e, consequentemente, beneficiar as Instituições e seus stakeholders.

Adriana Moura, sócia líder de Governança, Riscos e Compliance da Grant Thornton Brasil

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