Resiliência em destaque

Vindo em uma crescente exponencial nos últimos anos, o segmento de incorporadoras imobiliárias continua se mostrando um ativo rentável aos seus investidores.

Lucro líquido em alta no segmento

O aumento no volume de lançamentos de 18,6% e nas vendas de 20,9%, considerando os resultados apresentados em 2023 e 2024 conforme estudo da BRAIN/CBIC, gerou o crescimento de R$ 876 milhões no lucro líquido combinado do setor no 4º trimestre de 2024, representando um aumento de 104% em relação ao mesmo período de 2023.

No exercício de 2024, as empresas do setor somaram um lucro líquido de R$ 5,7 bilhões, representando um aumento de 88% em relação ao ano anterior, quando esse indicador foi de R$ 3 bilhões.

Outros destaques

Estabilidade nos estoques

Os estoques somaram R$ 44,3 bi em 31/12/2024, estáveis em relação a 2023 e 2022, resultado positivo considerando o aumento de 18,6% nos lançamentos de 2023 a 2024, conforme estudo da BRAIN/CBIC.

Empréstimos em alta

Contas a receber e empréstimos aumentaram R$ 5,2 bi e R$ 4,8 bi em 2024, comparados a 2023, indicativo positivo de fluxo de caixa operacional futuro para pagamento de financiamentos de produção.

Aumento no endividamento

A dívida sobre patrimônio aumentou de 70% em 2023 para 74% em 2024.

Análise dos nossos especialistas 

O INCC-DI segue em alta, atingindo 7,54% nos últimos 12 meses em março de 2025. Na reunião do dia 19/03/2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por subir a taxa Selic Meta para 14,25% ao ano (aumento de 1pp). Ambos os índices trazem preocupações para o setor, havendo ainda o cenário político internacional que pode impactar negativamente a cadeia produtiva do setor. O ano de 2025 promete ser mais um ano desafiador para o setor, demandando maior cautela, dadas as incertezas no ambiente macroeconômico. 

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“O mercado imobiliário brasileiro, historicamente um setor resiliente e de grande relevância econômica, surpreendeu positivamente ao superar as expectativas, apresentando melhora significativa na performance de vendas e no resultado. Esse estudo demonstra ainda que as companhias (avaliadas nesse estudo) tem se antecipado aos desafios do mercado e adotado uma gestão mais estratégica e eficiente de suas despesas administrativas e comerciais com foco na rentabilidade e manutenção do resultado."
Maria Regina Abdo Sócia de Auditoria e líder de Real Estate & Construção da Grant Thornton Brasil
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"As demonstrações combinadas do setor apresentaram resultados significativamente melhores em 2024, quando comparados com 2023. O lucro líquido combinado atingiu R$ 5,7 bilhões em 2024 (88% de aumento comparando com 2023). Mesmo com a taxa Selic subindo de 10,50% a.a. em 31/07/24 para 14,25% a.a. em 19/03/25, o preço das ações negociadas em bolsa se mostrou resiliente, tal fato é evidenciado pelo Índice Imobiliário - IMOB* (881 em 31/07/24 em comparação com 892 em 31/03/25)"
Thiago Bragatto Sócio de Auditoria da Grant Thornton Brasil e coordenador do estudo

*O Índice Imobiliário (IMOB) representa os ativos mais negociados e de maior representatividade no setor imobiliário. Ele compreende tanto empresas que atuam na exploração de imóveis como construção civil. O índice é composto por ações e units.

Sobre o estudo 

O estudo envolveu as informações financeiras combinadas de 19 empresas, sendo elas listadas na bolsa de valores mobiliários (B3), serem do segmento do Novo Mercado e apresentarem receitas anuais superiores a R$ 300 milhões. A análise do comportamento dos principais saldos contábeis, resultam em uma visão abrangente sobre o mercado brasileiro.

 *Índices IPCA e INCC-DI referentes ao acumulado em dezembro de 2024

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