O International Business Report (IBR) da Grant Thornton revela o nível de otimismo com relação à economia e aos negócios nos próximos 12 meses. A pesquisa semestral é realizada em 29 países com cerca de 4,6 mil lideranças empresariais do middle-market

Na segunda edição do International Business Report de 2021, 62% dos empresários brasileiros revelaram otimismo com relação aos próximos 12 meses. Esse índice ficou muito próximo ao registrado há um ano (61%), mas não foi suficiente para elevar a posição do país no ranking global, caindo do 10° para o 13° lugar. 

No entanto, o país registrou uma média de 64% de otimismo em 2021, seu maior percentual desde 2012, quando atingiu 77%.

O aumento das expectativas positivas dos empresários também foi observado em outros países ao redor do mundo. Na Irlanda, primeiro lugar no ranking, esse índice ficou em 85%, seguida pela China (83%), e pelos Estados Unidos, Filipinas e Vietnã (80%).

IBR: Confira a metodologia aplicada

Principais indicadores do otimismo

Volume de negócios e crescimento da receita

A confiança no aumento no volume de negócios e crescimento da receita também se manteve alta entre os brasileiros, com 76%, pouco abaixo dos 79% no primeiro semestre, mas muito acima dos 51% registrados no início da pandemia da covid-19, em 2020. Neste item, ficaram no topo do ranking a Indonésia (87%), o Vietnã (83%) e a Índia (80%).

O item lucratividade seguiu a mesma linha de expectativa positiva, com 75% dos empresários brasileiros confiantes no seu aumento. Vietnã (82%), Indonésia (80%) e Índia (78%) se mantiveram nas primeiras posições.

Empregabilidade e capacitação

Com relação ao número de empregos, os brasileiros são os que têm maior expectativa de crescimento para os próximos 12 meses. Com índice de 73%, o Brasil divide a liderança com a Turquia, seguidos pela Índia (69%) e pelos Estados Unidos e Vietnã, com 66%. Na média anual, o país ficou com 75% em 2021 e 56% em 2020.

Também está em alta entre os empresários os investimentos nas habilidades das equipes, tema no qual o Brasil divide o primeiro lugar no ranking com a Indonésia, com 75%, seguido pela Índia (73%) e Turquia (72%). Na média anual, o Brasil subiu 14 pontos percentuais (p.p.), passando de 60% em 2020 para 74% este ano.

Investimentos em P&D

Os entrevistados também destacaram os investimentos em pesquisa e desenvolvimento para os próximos 12 meses. O Brasil atingiu o índice de 74% dos que pretendem investir mais, contra 67% no primeiro semestre. Com isso, a média anual ficou em 71%, 11 p.p. superior à de em 2020 (60%). No ranking global, o Brasil ficou em segundo lugar, empatado com a Índia, atrás da Nigéria e Vietnã, com 77%.

Tecnologia da Informação

Outra área que vem ganhando destaque desde o início da pandemia da covid-19 é a de Tecnologia da Informação. Dos empresários brasileiros consultados, 77% afirmaram que irão investir mais nos próximos 12 meses. Nas pesquisas dos dois semestres anteriores, esse índice ficou em 75% e 80%, respectivamente. Com isso, a média anual de investimentos vem crescendo ano a ano, passando de 64% em 2019 para 70% em 2020 e 76% este ano.

Aspectos limitantes ao crescimento dos negócios

Para as lideranças empresariais brasileiras, os principais entraves são a falta de financiamento (47%), que é ainda mais grave na Índia (73%), China e Vietnã (60%), e nos Estados Unidos (57%); e a falta de profissionais qualificados para 55% no Brasil, 76% na Índia, 67% nos Estados Unidos, e 66% no Canadá.

As incertezas econômicas também aparecem como entrave para 63% dos brasileiros, índice que é ainda maior na Índia (82%), África do Sul (70%) e Argentina (69%), além da infraestrutura de transporte, problema apontado por 47% dos entrevistados no Brasil, 75% na Índia, 62% nos Estados Unidos e 57% no Canadá.

A pergunta sobre salários traz um resultado bastante curioso, na maioria dos países participantes. As respostas sobre as expectativas de crescimento dos salários apresentaram índices muito altos: 98% na Índia, 94% na Argentina, 90% nos Estados Unidos e no Reino Unido, e 80% no Brasil. Por outro lado, sobre a expectativa de aumento real de salários, os índices despencaram. Somente 15% dos entrevistados brasileiros acreditam nessa possibilidade. Os empresários mais otimistas são os da Índia (58%), dos Estados Unidos (40%), e os da Alemanha (38%).

Daniel_Maranhão_02.pngNa avaliação de Daniel Maranhão, CEO da Grant Thornton Brasil, esses resultados mostram o entusiasmo dos empresários brasileiros e de diversos outros países com a retomada da economia nos próximos 12 meses, no que se acredita ser a pós-pandemia, graças ao avanço da vacinação contra a Covid-19 ao redor do mundo.

“Logicamente, a manutenção desse cenário vai depender de como as autoridades sanitárias globais atuarão na contenção do surgimento de novas cepas do coronavírus, sobretudo em países menos desenvolvidos e com recursos limitados para a vacinação em massa, assim como no convencimento da população dos países desenvolvidos a se vacinar”, pondera.

Para o executivo, atualmente, o empresário brasileiro demonstra um nível alto de otimismo em função da recuperação econômica apresentada em 2021, após o período mais crítico da pandemia, e da evolução gradual dessa recuperação no próximo ano.

“Apesar da alta da inflação e da tendência de elevação da taxa de juros, os empresários vislumbram a continuidade no crescimento dos seus negócios, com base na perspectiva de novos projetos de infraestrutura e na melhoria no consumo das famílias em 2022, impulsionados pelos programas de investimento e auxílio às famílias de baixa renda promovidos pelo governo federal.

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O International Business Report (IBR) é publicado semestralmente pela Grant Thorntone e traz informações relevantes para a competitividade de empresas do middle-market. Também publicaremos informações adicionais de nossa pesquisa ao longo do ano.

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