
As empresas que desejam aumentar a probabilidade de realizar uma aquisição de empresa bem-sucedida devem possuir uma estratégia detalhada e metas claras. Além disso, é aconselhado obter o apoio do conselho de diretores da companhia. Essas discussões foram destaque em um evento realizado pela Private Directors Association (PDA), com o patrocínio da Grant Thornton, nos Estados Unidos.
Para comprar uma empresa, o processo é iniciado com a estratégia de negócios do comprador. O executivo Carl Warschausky, reconhecido no mercado pelo desempenho fundamental na venda da World Kitchen, aconselha que o mais importante para desenvolver uma estratégia de aquisição é garantir o alinhamento com o conselho diretivo. “Se um target for apresentado, você não quer que o conselho questione sua procedência, reputação e relevância. Tal reação significa que é hora de avaliar quão bem a estratégia foi transmitida, ou até mesmo de repensá-la”, afirmou.
Para evitar o possível cenário descrito por Warschausky, a dica é montar uma estratégia antes mesmo de você estar pronto para fazer um acordo. Isso porque será possível descrever seu raciocínio e os critérios para o que é apropriado. O seu objetivo é mudar a percepção do mercado sobre o seu negócio, aumentar e controlar fornecedores-chave ou acelerar uma estratégia de negócios? Então identifique territórios e categorias nas quais você deseja expandir, além das empresas que se enquadrem neste cenário – independentemente de estarem ou não à venda.
Quando o conselho estiver com uma compra, o processo de valuation começa. O conselho deve entender a maneira que a equipe de gerenciamento e os consultores externos criaram um valor para a empresa e como isso afeta a estratégia de negociação.
O ex-presidente e CEO da Brady Corporation, Frank Jaehnert, aponta que a diretoria estará presente para fazer perguntas e garantir que a estratégia é válida. “Você não quer ter uma situação em que o conselho acha que 100 milhões é um bom preço e, em seguida, a equipe de gerenciamento concorda em 125 milhões”, disse. O executivo aconselhou, ainda, a prever algumas perguntas, como por exemplo:
A due diligence deve cobrir as considerações legais, ambientais, fiscais e financeiras usuais, mas também deve incluir uma avaliação de risco e um plano de back-up se um risco parecer grande demais.
Ter um plano de integração detalhado é fundamental e deve fazer parte da aprovação da aquisição, sendo possível reconhecer se você tem os recursos internos necessários ou se terá que contratar terceiros para auxiliar no gerenciamento de projetos. Para Eileen Kamerick, membro na BP Amoco America, afirma que o próximo passo é focar nos principais indicadores de desempenho.
"Um conjunto de expectativas acordadas e um cronograma que aponte se o sucesso será daqui a três, seis meses ou um ano – ou, ainda, se há outra oportunidade que realmente poderia fornecer mais valor”, disse.
Uma estratégia do “Dia Um” deve incluir a inclusão de todos os funcionários no seu plano de benefícios e no seu sistema de e-mail, com seus nomes em cartões de visita que mostrem o logotipo e o endereço da empresa para promover a integração.
Com o acordo feito, a empresa precisa avaliar como está o andamento dos processos para alcançar os objetivos, monitorando o progresso das vendas e do lucro. Um gerente de integração deve monitorar a velocidade com que você está se movendo para entender quando pode investir recursos financeiros no desenvolvimento de novos produtos ou na atualização do sistema de ERP ou RH, por exemplo.
Uma vez que um negócio é "feito", você normalmente não quer que o ativo apenas fique parado, potencialmente perdendo valor. O ideal é rever as razões pelas quais você realizou a compra da empresa e tome decisões rapidamente que o levarão aos seus objetivos.
Para que todas as etapas do processo de aquisição de empresa sejam realizadas de forma personalizada, proporcionando as melhores chances de sucesso, conte com a equipe de profissionais de Transações da Grant Thornton.