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10 tecnologias promissoras ainda em 2025

Elias Zoghbi
Por:
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Destaques

Da biologia sintética à marca d'água em conteúdos gerados por IA, o mais recente relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, da sigla em inglês) destaca 10 tecnologias inovadoras que estão próximas de um ponto de virada para causar impacto no mundo real. 

Essas inovações não são apenas empolgantes, mas também oportunas. Cada uma delas aborda desafios globais urgentes como confiança, saúde e sustentabilidade. 

O Brasil, como uma das maiores economias emergentes e detentor de vastos recursos naturais, apresenta oportunidades e desafios únicos para a adoção das tecnologias destacadas pelo relatório.

1. Compósitos estruturais para bateria (SBCs)

Os SBCs são materiais que armazenam energia e, ao mesmo tempo, oferecem suporte estrutural, assim como um painel de carro que também funciona como bateria. Isso pode tornar veículos elétricos e aeronaves mais leves, eficientes e baratos de fabricar.

2. Sistemas de energia osmótica

Esses sistemas geram energia limpa a partir da diferença de salinidade entre água do mar e água doce, permitindo o uso da água salgada para abastecer casas e comunidades. É uma fonte de energia renovável e constante, especialmente útil em áreas costeiras.

3. Tecnologias nucleares avançadas 

Introduzem reatores nucleares menores e mais seguros, com novos métodos de resfriamento e designs modulares. Podem fornecer energia confiável e sem emissão de carbono para atender à crescente demanda global. 

4. Terapias vivas projetadas  

São microrganismos geneticamente modificados que vivem no corpo e produzem medicamentos conforme necessário. Isso pode reduzir custos com remédios, melhorar o tratamento de doenças crônicas e diminuir efeitos colaterais. 

5. GLP-1 para doenças neurodegenerativas 

GLP-1 é uma classe de medicamentos originalmente usada para diabetes e perda de peso, agora sendo testada para tratar Alzheimer e Parkinson. Estudos iniciais indicam que pode retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas. 

6. Sensoriamento bioquímico autônomo

Sensores autônomos e autoalimentados monitoram a saúde ou o meio ambiente em tempo real, sem intervenção humana. Isso permite detectar doenças precocemente, melhorar a segurança alimentar e acelerar o controle da poluição. 

7. Fixação verde de nitrogênio

Uma forma mais limpa de produzir amônia para fertilizantes, usando energia renovável em vez de combustíveis fósseis. Pode reduzir as emissões de carbono na agricultura e fortalecer o abastecimento alimentar global. 

8. Nanoenzimas 

São nanomateriais sintéticos que imitam enzimas – os catalisadores da natureza, mas são menos frágeis. Podem melhorar a entrega de medicamentos, purificação da água e processos industriais, com mais estabilidade e menor custo. 

9. Sensoriamento colaborativo

Conecta redes de sensores para compartilhar dados e permitir decisões baseadas em IA, como controle de tráfego e veículos autônomos. Pode aumentar a segurança, reduzir emissões e ajudar cidades a gerenciar o trânsito. 

10. AI watermarking - Marcação de conteúdo gerado por Inteligência Artificial

Essa tecnologia insere marcadores invisíveis em conteúdos gerados por Inteligência Artificial para rastrear sua origem e provar que são sintéticos. Com a explosão de conteúdos de IA, a marcação ajuda a combater a desinformação, proteger propriedade intelectual e restaurar a confiança no conteúdo digital. 

Cenário brasileiro

O Brasil está bem-posicionado para se beneficiar dessas tecnologias, especialmente nas áreas de energia renovável, saúde pública, agricultura sustentável e gestão urbana. No entanto, a adoção dependerá de:

    • Políticas públicas de incentivo à inovação
    • Parcerias entre governo, academia e setor privado
    • Capacitação técnica e digital dos profissionais 
    • Regulação ágil e alinhada com padrões internacionais 

 O líder da área de Consultoria em Tecnologia da Grant Thornton Brasil, Elias Zoghbi, entende que essas inovações e disrupções, apesar de poderem ser específicas para cada setor, demonstram a necessidade de acompanhamento constante e uma boa estrutura de governança para que cada negócio possa se tornar mais eficiente e conectado ao seu mercado.

"A incorporação dessas tecnologias emergentes exigirá mais do que apenas o acesso à inovação, mas uma estrutura que possar prover uma governança estratégica que conecte propósito, capacidade técnica e retorno desses investimentos para o benefício do negócio e da sociedade."  

Essas tecnologias não apenas representam avanços técnicos, mas também oportunidades estratégicas para o Brasil se consolidar como líder em soluções sustentáveis e inclusivas.