2024 marca o 20º ano do trabalho da Grant Thornton para monitorar e medir a proporção de mulheres que ocupam cargos de liderança em empresas de médio porte em todo o mundo.
O projeto Women in Business explorou o que ajuda e o que atrapalha as mulheres no local de trabalho durante um período que oferece muitos desafios. As empresas globais de médio porte navegaram pela crise financeira de 2007-08, superaram a pandemia e enfrentam atualmente o impacto da tensão e do conflito geopolítico.
A economia global continua a mudar e as organizações de médio porte estão sob mais pressão do que nunca para se adaptarem. Em meio a estas mudanças, é crucial mantermos o foco: o desafio de colocar as mulheres na liderança é urgente. Muitas empresas de médio porte responderam a essa demanda e houve melhorias. Devemos garantir que este impulso continue e, sobretudo, acelere.
Karitha Ericson- Líder global de Network Capability and Culture da Grant Thornton International
Progresso ainda é muito lento
Quando a Grant Thornton iniciou a sua pesquisa, apenas 19,4% dos cargos de liderança eram ocupados por mulheres no mercado de médio porte. Hoje, esse número é de 33,5%. Embora seja um progresso e tenha havido alguma evolução desde a pandemia, esse avanço é decepcionantemente lento. No ritmo de mudança atual, as empresas de médio porte não alcançarão a equidade entre homens e mulheres em cargos de alta liderança até 2053.
Os nossos dados da pesquisa deste ano indicam que o progresso alcançado até agora em relação às mulheres na liderança é frágil. Vimos uma redução dramática na porcentagem de mulheres como CEO este ano, sugerindo uma mudança em posições de real impacto dentro de uma organização. Isto soa como um sinal de alerta para todos nós de que não basta apenas colocar as mulheres em cargos de liderança – também é necessária uma ação determinada para mantê-las lá. Devemos manter o foco, ou poderemos começar a retroceder.
Três caminhos para a equidade
Embora a nossa pesquisa nos permita medir o progresso deste tema, também nos permite compreender o que precisa mudar para acelerá-lo – identificando as configurações empresariais que podem impulsionar a mudança e fornecendo medidas práticas que as empresas podem tomar. No relatório deste ano, definimos três caminhos claros para a equidade:
As empresas de médio porte são os principais impulsionadores da economia global, e é a sua agilidade e a sua capacidade de fazer mudanças significativas num curto período de tempo que as diferenciam. Se adotarem significativamente estes caminhos para a equidade, com base na nossa experiência, essas empresas poderão atingir 50% de mulheres em cargos de liderança nos próximos cinco anos.
Os caminhos estão aí – agora cabe às empresas segui-los.
Karitha Ericson, líder global de Network Capability and Culture da Grant Thornton International

“Nossa pesquisa Women in Business tem contribuído significativamente para o debate global sobre equidade no ambiente de trabalho há 20 anos. Neste ano, destacou a falta de equidade de gênero em cargos de liderança e ajudou a identificar caminhos claros que as empresas podem seguir para realizar progressos significativos.
Embora tenhamos observado algumas mudanças positivas ao longo desse período, também sabemos que uma mudança sustentável exige um esforço intencional e uma responsabilidade clara por parte da liderança de cada organização. Através da pesquisa Grant Thornton International Business Report (IBR) e dos caminhos que identificamos, pretendemos fornecer às empresas de médio porte um roteiro para acelerar o progresso e construir negócios mais diversificados, resilientes e bem-sucedidos.”
Peter Bodin, CEO da Grant Thornton International

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Há 20 anos, a Grant Thornton acompanha a diversidade de gênero em cargos de liderança no mid-market global, identificando desafios e ações práticas.



