Na ASEAN foi identificado o maior aumento entre as regiões, passando de 37% para 40%. A América Latina subiu de 35% para 37%, enquanto o desempenho da União Europeia manteve-se estável em 33%.
O aumento da APAC de 2pp para 32% a coloca à frente da América do Norte pela primeira vez desde 2018 e a América do Norte foi a única região a sofrer uma queda, de 33% para 31%.
Katie MacQuivey, líder em estratégia de negócios e transações da Grant Thornton LLP (EUA), comenta: “As empresas estão mais comprometidas com a diversidade de gênero, influenciadas também pelas pesquisas apontando que equipes diversas de liderança beneficiam sua marca e seu sucesso financeiro. Embora seja encorajador ver que algumas regiões progrediram, é preocupante que o avanço tenha estagnado e retrocedido em outras. Dada a complexidade dos fatores que simultaneamente aceleram e diminuem a igualdade, é crucial que as empresas construam um pipeline de liderança diversificada em todos os níveis e invistam em programas de longo prazo para garantir que o sucesso não seja pontual”.
A Índia foi um dos principais contribuidores para o aumento observado na APAC. Nos últimos anos, introduziu novas políticas para aumentar a diversidade no local de trabalho. Em 2020, foi estabelecido um requisito de que as 1.000 maiores empresas devem ter uma diretora independente.[i]
Devika Dixit, diretora da Grant Thornton Bharat LLP (Índia) comenta que as políticas de licença maternidade provavelmente tiveram um impacto. “Existe uma determinação do governo de que as mulheres têm direito a seis meses de licença remunerada, o que acredito ter sido um benefício real. Isso significa que você pode se recuperar e colocar seu filho em um cronograma antes de voltar ao trabalho.”
Sinead Donovan, presidente da Grant Thornton Irlanda acredita que as exigências de relatórios ESG terão um impacto positivo: “Na Irlanda, as venture capital ou private equity agora insistem na diversidade no board. Estamos vendo uma pressão crescente de clientes e investidores, o que pressionará as empresas de médio porte a introduzir medidas que aumentem a porcentagem de mulheres em cargos de liderança sênior. Espero que este seja o caso na União Europeia e na América do Norte, dado o foco particular nos relatórios ESG nessas regiões”.
Os Emirados Árabes Unidos, embora não incluídos nos números regionais, têm atualmente 27% dos cargos de liderança ocupados por mulheres. Há um sentimento crescente de otimismo com base no fato de que novas regulamentações e mudanças culturais irão acelerar o progresso.
“Vimos muito progresso nos Emirados Árabes Unidos nos últimos anos – com o avanço dos direitos e da presença das mulheres, houve um aumento nas oportunidades para as elas assumirem cargos de liderança sênior. Em alguns setores, o progresso foi acelerado pela ação do governo. Nas empresas de capital aberto, por exemplo, agora é preciso haver pelo menos duas mulheres no conselho. A mudança pode levar tempo, como vimos em outras regiões, mas as coisas definitivamente parecem positivas nos Emirados Árabes Unidos”, afirma Hisham Farouk, CEO da Grant Thornton Emirados Árabes Unidos.