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Prepare-se para as oportunidades do próximo biênio

Por: Hugo Luna, líder de Transações da Grant Thornton Brasil

Se o cenário de 2019 foi mais conturbado do que muitos esperavam e entregará um crescimento do PIB ainda tímido – entre 0,8% e 1%, segundo estimativas -, o quadro para os próximos dois anos é de mudança para melhor. Isso porque a expectativa é que o biênio 2020/2021 comece sob o reflexo de três mudanças estruturais relevantes para a economia brasileira: a Reforma da Previdência, a Reforma Tributária e a redução na taxa básica de juros (Selic).

A combinação destes três pilares sustenta grande parte do – conforme apontado no International Business Report publicado pela Grant Thornton – em que indicadores como incerteza econômica e burocracia são sinalizados como entraves para o futuro dos negócios.

 

Impactos práticos na economia

 

As alterações no sistema previdenciário têm, entre diversos fatores, o objetivo de reequilibrar as contas públicas nos próximos 10 anos. Em paralelo, a Reforma Tributária transita com a perspectiva de reduzir a complexidade do sistema tributário brasileiro e simplificar o emaranhado de tributos com o qual o setor produtivo do País convive.  

Com o avanço destas reformas espera-se maiores oportunidades para realizar e captar investimentos no mercado brasileiro a partir de uma economia mais atrativa e confiante, o que influencia diretamente na redução da taxa básica de juros (Selic).

Inclusive, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) de setembro apresenta a análise reiterando que “a continuidade do processo de reformas e a perseverança nos ajustes necessários na economia brasileira são essenciais para a queda da taxa de juros estrutural, para o funcionamento pleno da política monetária e para a recuperação sustentável da economia”.

Este terceiro pilar de mudança impacta tanto no fomento do consumo, com o crédito mais barato, quanto no estímulo a investimentos privados na economia real com capacidade de maior geração de valor. O motivo é simples: quanto menor a Selic, maior a propensão do investidor a buscar opções de aplicação com maior prêmio e, consequentemente, contrapartida de maior risco.

 

Plano de privatizações

 

Apenas nos próximos dois a três anos, a estimativa é que os investimentos em infraestrutura no Brasil girem montantes de peso. Afinal, serão leiloados no médio ou no longo prazo ao menos 10 terminais portuários, além de um volume expressivo de rodovias e de estruturas para aeroportos. Há ainda os investimentos potenciais no plano de privatizações recém-anunciado pelo Governo Federal, que reúne 17 empresas.

O fato é que uma onda de investimentos em infraestrutura no Brasil é incontornável. E a capacidade dos governos fazerem frente aos volumes demandados não se sustenta, como os próprios planos de privatizações dos governos federal e estadual explicitam. Diante disso, os investimentos privados tendem a ser a solução de funding com operações de dívidas estruturadas de longo prazo.

 

Como se preparar para aproveitar oportunidades?

 

A análise, desenho, estruturação e modelagem necessárias para a fundamentação desses projetos não são trabalhos usuais. Também não se pode dizer que sejam capacidades que as empresas mantenham cotidianamente instaladas em suas estruturas. Ir a mercado é um evento que exige expertise, profundo conhecimento de risco, além de visão global.

 

Neste sentido é fundamental que as empresas se preparem para a melhor estruturação de seus projetos desde a sua concepção, passando pela modelagem do estudo econômico-financeiro e obtenção do mais adequado funding para financiamento dos investimentos.

 

 

Para compreender como essa estruturação se aplica a realidade da sua empresa e seus projetos, e como melhor contribuirão para oferecer um ambiente mais oportuno alinhado às expectativas de retomada econômica, conte com o auxílio da equipe de da Grant Thornton.

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