Conte com nossa expertise técnica para analisar as necessidades específicas do seu negócio para uma adequada adoção dos relatórios IFRS S1 e S2, além de auxiliar na definição de metas ESG e métricas para cumprir as exigências regulatórias.

Desenvolvidos pela International Sustainability Standards Board (ISSB), os padrões de divulgação IFRS S1 e IFRS S2 deverão ser emitidos anualmente a partir do exercício social de 1º de janeiro de 2026, sendo compulsório para empresas de capital aberto, ou seja, organizações que possuem ações sendo negociadas em bolsas de valores. No Brasil, essas normas são regulamentadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) através de resoluções específicas.
O principal objetivo da regulamentação da ISSB é estabelecer um novo padrão global para relatórios de sustentabilidade, com foco em transparência e comparabilidade de informações ambientais, sociais e de governança, abrangendo todos os aspectos da sigla ESG.
Abordagens dos padrões de divulgação IFRS S1 e IFRS S2
Abordagens dos padrões de divulgação IFRS S1 e IFRS S2
- IFRS S1: Abrange a divulgação de informações relacionadas à sustentabilidade, impactos das questões de sustentabilidade na posição financeira, desempenho e fluxo de caixa da empresa, métricas e metas relacionadas a práticas sustentáveis.
- IFRS S2: Destaca os riscos e oportunidades relacionados ao clima, traz informações detalhadas sobre emissões de gases de efeito estufa causadas pela corporação, aborda cenários climáticos e suas possíveis influências sobre suas atividades e quais são suas estratégias de mitigação de riscos e de externalidades negativas causadas pela empresa.
Benefícios às organizações aderentes
Os relatórios IFRS S1 e S2 trazem diversos benefícios para as organizações aderentes, como maior transparência e confiança dos investidores na prestação de contas dos gestores, alinhamento a práticas sustentáveis, integração de informações ESG à estratégia corporativa, valorização da empresa no mercado, acesso a mercados internacionais e melhores condições de financiamento.
A líder de ESG da Grant Thornton Brasil, Glória Lucena, destaca que empresas brasileiras estão sendo protagonistas na emissão de relatórios de sustentabilidade e que isso é favorável aos negócios. "O Brasil é um dos primeiros países que estão adotando essas normas, então é um momento desafiador e interessante em que estamos aprendendo muito uns com os outros. Essa jornada pode ser um diferencial competitivo para atrair investidores e acessar novos mercados", afirmou.
Boas práticas de adoção
Com a proximidade da obrigatoriedade para emissão dos relatórios IFRS S1 e S2, os especialistas da Grant Thornton Brasil elencaram uma série de boas práticas para adoção dos relatórios, confira a seguir:
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Estruturar um framework próprio de reporte, alinhado ao TCFD: Basear seu planejamento nos quatro pilares: governança, estratégia, gestão de riscos, métricas e metas;
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Realizar um diagnóstico de maturidade ESG: Avaliar dados existentes, lacunas de mensuração e o impacto de temas ESG no negócio e na cadeia de valor;
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Implementar uma abordagem dinâmica de materialidade: Materialidade não é estática — precisa ser reavaliada periodicamente e com envolvimento multidisciplinar. O IFRS exige que a omissão ou distorção de uma informação capaz de influenciar decisões seja evitada;
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Treinar sua equipe e promover a integração entre áreas: De acordo com o ISSB, a informação climática e de sustentabilidade deve ser relevante, fielmente representada, comparável, verificável e compreensível. Isso exige alinhamento entre finanças, contabilidade, ESG e TI;
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Adotar tecnologias que facilitem coleta e rastreabilidade de dados: ESG Softwares de BI, ERPs com módulos de ESG ou plataformas específicas ajudam a garantir tempestividade e acurácia — critérios essenciais segundo o IFRS;
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Aproveitar os mecanismos de proporcionalidade e sensibilidade comercial: As normas preveem a divulgação de informações com base em dados “razoáveis e sustentáveis disponíveis”, e permitem exceções para informações altamente sensíveis, desde que justificadas;
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Começar pelo clima, mas preparar-se para ir além: Empresas podem aplicar inicialmente apenas os requisitos climáticos, conforme o IFRS S2, mas devem se planejar para reportar sobre riscos e oportunidades mais amplos em sustentabilidade, como biodiversidade, governança e impactos sociais.