FAMILY BUSINESS

Inovação para competitividade das empresas familiares: cenário atual não deixa margem para acomodação

Marco Aurélio Neves
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Manter a competitividade é o principal desafio para empresas familiares, segundo 42% dos empresários ouvidos na pesquisa Family Business: Valores, Desafios e Perspectivas, realizada pela Grant Thornton, em parceria com FBFE, BTG Pactual Empresas e Ricca Associados.
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A rápida evolução digital no mundo dos negócios, com grande influência das circunstâncias impostas pela pandemia da Covid-19, foi sem precedentes. Muitas empresas ficaram pelo caminho e, para aquelas que conseguiram se manter ativas, é preciso encarar outros muitos desafios: necessidade de elevação de taxas de juros em economias que anteriormente não possuíam tal demanda, confrontos bélicos na Europa que afetam o mercado local, dentre outros. O novo cenário não deixou margem para inércia e acomodação, sendo a resiliência e o dinamismo características essenciais para a continuidade dos negócios. 

Nesse contexto, as empresas familiares, que atravessaram o período crítico de sobrevivência e já vinham em um movimento de modernização, foram obrigadas a buscar formas de se manterem competitivas no mercado. 

Atualmente, este é o maior desafio apontado por 42% dos 162 empresários brasileiros ouvidos na pesquisa Family Business: Valores, Desafios e Perspectivas, realizada pela Grant Thornton, em parceria com FBFE, BTG Pactual Empresas e Ricca Associados.

Os empresários brasileiros apontam que uma das principais maneiras de se manterem competitivos é a busca constante pela inovação e, em alguns casos, precisam de acesso ao crédito para financiar projetos de inovação.

A pesquisa acima mencionada mostra que os serviços correntemente disponibilizados pelas instituições financeiras no mercado se tornaram um importante entrave. Para 45% dos executivos consultados, as soluções de investimento são um desafio, assim como a obtenção de crédito (36%), a gestão empresarial (36%), tarifas e tributos (32%) e o processo de digitalização (5%).

Além dessas questões concretas sob o ponto de vista de inovação e concessão de crédito, existe ainda a necessidade de se pensar e investir em práticas que anteriormente eram deixadas em segundo plano. Tais práticas são necessárias não somente para cumprir exigências legais, mas, sobretudo, para proteger a reputação da empresa e satisfazer os consumidores, que estão cada dia mais exigentes.

O cuidado com as práticas ambiental, social e de governança (ESG, em inglês) ainda não está na pauta de 33% das organizações pesquisadas; 28% já incorporaram ações com foco nas três áreas; 21% estão discutindo ações para seu modelo de negócios; 13% estão reavaliando os focos da empresa para trabalhar esses pilares, e 5% já incorporaram ações ESG assim como métricas e indicadores para mensurá-las.

Essa evolução nos temas e iniciativas ESG, assim como nos processos tecnológicos e de inovação, tende a ganhar maior relevância e atenção das empresas na medida em que novas regulamentações sejam emitidas e agreguem objetividade. Até lá, é recomendável começar o processo de transformação e buscar o modelo mais adequado a cada setor e a cada tipo de negócio, para não correr o risco de comprometer a tão desejada competitividade da empresa.

 

Como podemos auxiliar na governança da sua empresa familiar?

A Grant Thornton Brasil atua em estreita colaboração com membros da família e acionistas para desenvolver uma relação agregadora e de confiança, independentemente do tamanho e do setor de atuação da empresa.