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Corporate venturing é uma boa opção?

O corporate venturing é uma opção adequada ao seu negócio?

As grandes empresas estão investindo cada vez mais em negócios inovadores no middle-market como um atalho para aprimorar a área de P&D. Para empresas beneficiárias, o corporate venturing pode oferecer sustentabilidade no desenvolvimento e crescimento acelerado da organização.

Com sede em Londres, a marca Snog que produz frozen yogurt, oferece aos consumidores da capital do Reino Unido, desde 2009, uma alternativa de sorvete. Quando lançado, o frozen yogurt foi um grande sucesso nos EUA, porém aparentemente uma novidade no Reino Unido. A marca, com cores intensas e uma proposta de alimentação saudável, chamou a atenção da Unilever, gigante no ramo de produtos de consumo, que investiu 3 milhões de libras no negócio. A Snog abriu cinco novas lojas em 2013 e lançou seus produtos um ano depois na rede de supermercados britânica Waitrose, e foi desta maneira que expandiu seu negócio de forma significativa, desenvolvendo seus produtos e a marca gradativamente.

O corporate venturing resume-se ao conceito de uma grande empresa, já consagrada no mercado, investir em um negócio menor. Esta é uma maneira de grandes empresas se beneficiarem das novas tecnologias e incorporarem novas ideias. Para empresas de pequeno porte é uma forma de conter rendimentos e pode ser uma alternativa interessante ao capital privado ou ao financiamento de dívidas, que muitas vezes apresentam exigências mais rigorosas que precisam ser cumpridas. 

O corporate venturing está ganhando muito espaço nos últimos anos, em parte porque setores e empresas conceituadas estão sob pressão de empresas mais jovens e inovadoras. "Essencialmente, corporate venturing consiste ao movimento de grandes empresas interessadas em ter acesso a novos e interessantes modelos de propriedade intelectual e de negócios em um mercado volátil”, diz Andy Morgan, Líder de finanças corporativas da Grant Thornton, no Reino Unido.  

 

Benefícios do corporate venturing

As grandes empresas que buscam ativamente esses tipos de investimentos, muitas vezes, criam uma unidade de corporate venturing que atua com orçamento próprio e investe em empresas promissoras embora menores. Um dos maiores exemplos de corporate venturing é a Intel Capital. Desde 1991 ela investiu 11,7 bilhões de dólares em 1.445 empresas em 57 países diferentes. Outras empresas notáveis de corporate venture são a GV do Google e a SR One da GlaxoSmithKline.

"Os maiores setores para corporate venturing são o de tecnologia, de produtos farmacêuticos e de telecomunicações, onde a aquisição de uma empresa menor é uma forma mais eficaz de pesquisa e desenvolvimento de terceirização", diz Nick Hawkins, executivo da área de financiamento e crescimento da Grant Thornton, no Reino Unido. "O corporate venturing também pode atuar como uma apólice de seguro para empresas que poderiam ser ameaçadas por modelos de negócios revolucionários, com participações em muitas dessas empresas de menor porte, esse modelo está tentando garantir suas apostas".

Para empresas de pequeno porte, há muitos benefícios em assumir esse tipo de investimento. O acesso ao capital é o mais óbvio, mas a venda de uma pequena participação da empresa para um negócio maior é um ganho em competências e recursos que pode ajudá-la a crescer.

De acordo com Hawkins, também pode ser uma opção mais estável do que assumir outros tipos de investimento: "Optar por capital privado pode ser muito estressante, porque a empresa investidora quer entrar no negócio, transformar a empresa para gerar valor e, depois, sair. É possível seguir por um processo menos desgastante, de menor pressão".

Como começar

Para aqueles que consideram o corporate venturing uma forma de financiamento, há diversos caminhos onde encontrá-lo. "Algumas empresas possuem sites na internet que solicitam ativamente às pessoas entrarem em contato, caso estejam interessadas ​​em investimentos, como por exemplo a Qualcomm Ventures, que organizam eventos com regularidade, onde empresas podem participar e falar sobre suas aplicações", diz Hawkins.

Relacionamentos são importantes quando trata-se de investimentos, assim como a elaboração de um case convincente e explicativo referente aos benefícios da empresa em dispor de uma participação.

"Ter certa vantagem no mundo corporativo é uma boa maneira de começar", explica Hawkins. "Ao entrar no modelo de investimento, é necessário se concentrar no benefício global. Cada lance deve ser estratégico. É muito importante prever possíveis problemas ou brechas nas ofertas e também analisar como as empresas de pequeno porte podem ajudar a resolvê-los".

 

O que é preciso saber

Antes que ocorra qualquer operação de investimento, ambas as partes devem ter clareza sobre como a parceria será administrada. Ser transparente com relação a expectativa do investimento pode ajudar a evitar futuros problemas.

"É muito comum ver falhas no processo devido ao desencontro de expectativas", diz Morgan.

"A maior parte das grandes empresas possui carteiras de clientes considerável e não querem deixar as empresas menores a terem acesso. Por isso, provavelmente pode ocorrer algumas exigências ao elaborar relatórios. É importante saber como a empresa de menor porte pode ter acesso a canais de vendas e redes de distribuição da empresa maior".

Também é prudente entender qual a estratégia de longo prazo do investidor. Algumas empresas, adquirem negócios para investimento a título definitivo. Um exemplo a citar é a Google quando investiu na Nest, empresa de alarmes inteligentes, de forma igual, ambas poderão vender a participação para outra parte interessada.            

"Acredito que estamos vivendo um movimento interessante, onde modelos de negócios estão sofrendo rápidas mudanças e o tempo para um novo produto ou iniciativa chegar ao mercado está ficando mais curto", diz Morgan. "Vejo crescimento futuro do corporate venturing, as empresas precisam prever quais serão as próximas inovações".

Para saber se o corporate venturing seria uma boa opção de investimento para a sua empresa, entre em contato com a Grant Thornton.

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