Nos últimos dois anos, passamos por acontecimentos que mudaram a forma como trabalhamos e, de uma perspectiva dos tributos indiretos, a forma como compramos e recebemos bens e serviços enquanto consumidores. Como resultado, o Imposto sobre o Valor Agregado (VAT, da sigla em inglês) e o Imposto sobre Bens e Serviços (GST, da sigla em inglês) estão crescendo em sua complexidade e aplicação à medida que o modelo tradicional de bens e serviços é substituído por conteúdo digital, consumo virtual e fluxos de comércio internacional ininterruptos.

Estamos vendo muitas mudanças relacionadas às exigências de registro, às exigências de relatórios digitais, à abordagem de auditorias e cumprimento por parte das autoridades fiscais e às abordagens de tributação da economia digital. São inúmeros os desafios enfrentados pelas empresas e, abaixo, definimos algumas das principais tendências internacionais de tributos indiretos que nós e nossos clientes estamos vendo e enfrentando. O imposto indireto tornou-se agora uma genuína conversa comercial. Embora pareça haver uma tendência para a redução das alíquotas do imposto de renda corporativo, as taxas do VAT, do GST e do imposto sobre vendas estão, em geral, aumentando.

As autoridades fiscais estão percebendo que tributar a renda e as transações reais pode gerar mais receita do que simplesmente focar no lucro, que muitas vezes pode ser subjetivo e sujeito a manipulação. Resumindo, é mais fácil tributar as transações que geram os resultados, do que os próprios resultados. Quando a base tributária sobre transações é expandida para sair do "físico" e entrar no "virtual", o alcance do imposto indireto é ampliado significativamente, e a arrecadação de receitas cresce de acordo. Não é de se admirar que diversos territórios estejam procurando introduzir ou reformular os sistemas de VAT/GST existentes.

Digitalização do compliance tributário

A jornada para o cumprimento da legislação dos tributos indiretos internacionais é digital e quase em tempo real. Historicamente, as autoridades fiscais aceitavam o faturamento em papel e adotavam uma abordagem "pós-auditoria", em que o contribuinte cobrava imposto sobre uma fatura e esta só seria auditada após o fato – muitas vezes, por um inspetor ou auditor fiscal examinando fisicamente as faturas e os registros, o que frequentemente se baseava na amostragem, uma abordagem baseada em risco para conformidade.

Os próprios contribuintes podiam apenas apresentar fisicamente uma declaração de VAT/GST sumária periódica, diversas vezes em papel. No entanto, as tendências observadas em todo o mundo incluem uma guinada para o faturamento eletrônico obrigatório e para o fornecimento de informações em tempo real diretamente às autoridades fiscais através de arquivos de formato Standard Audit Files for Tax (SAF-T). O problema é que estes arquivos não são globalmente padronizados e o formato, o conteúdo e a frequência de apresentação deles diferem entre os países – por exemplo, alguns são apresentados periodicamente, enquanto outros são apresentados apenas a pedido ou durante uma auditoria.

Os contribuintes também têm encarado novos requisitos para o envio eletrônico das declarações de VAT/GST, como por exemplo, a iniciativa "Making Tax Digital" do Reino Unido, que obriga as empresas a enviar suas declarações de VAT por meio de uma interface de programação de aplicações (API, em inglês) diretamente à autoridade fiscal, seja direto através do software aprovado ou via uma planilha habilitada para API.

As autoridades fiscais estão fazendo uso dos dados fiscais que recebem, realizando sofisticadas análises de dados, revisando o conjunto completo de dados em busca de irregularidades para formar a base para liquidação de impostos e penalidades. As autoridades fiscais também estão comparando os dados apresentados por diferentes contribuintes, comparando, por exemplo, a correspondência entre o pedido de um cliente de imposto a montante sobre uma compra com o imposto a jusante declarado pelo fornecedor sobre a venda.

Tudo isso significa que as empresas precisam garantir que tenham confiança na qualidade e integridade de seus dados, aos quais as autoridades fiscais agora têm acesso. As empresas não só devem garantir a integridade dos dados mestre de clientes e fornecedores, que podem conduzir a uma decisão de determinação de impostos, mas também executar análises de dados proativas em históricos de transações para destacar quaisquer erros sistemáticos. Quanto tempo leva para que o VAT e o GST sejam administrados toda vez que um cartão de crédito ou serviço de pagamento digital é inserido na fonte e os impostos sejam automaticamente preenchidos em uma devolução? Comprar um café na cafeteria local nunca mais será igual!

O crescimento do e-commerce e dos serviços digitais

O desenvolvimento da tecnologia na última década impulsionou um boom no e-commerce que mudou drasticamente a maneira como os consumidores compram bens e serviços. Atualmente, a maioria dos fornecedores pode vender para os consumidores sem qualquer presença local. Isso tem levado a um crescente número de empresas e mercados online, com pouca ou nenhuma fachada de loja ou presença física, atendendo a clientes em todo o mundo.

Em 2015, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) recomendou que os regimes de tributos indiretos fossem atualizados para lidar com a economia digital em constante evolução, a fim de manter o seu objetivo enquanto imposto sobre o consumo. Na sequência do seu relatório inicial em 2015, numerosos países reexaminaram o escopo do seu regime de tributos indiretos e expandiram aos serviços digitais e aos bens de pequeno valor fornecidos por empresas não residentes.

A União Europeia foi um dos pioneiros na adoção deste regime, mas nos últimos anos isto se tornou uma tendência genuína. Parece que quase a cada trimestre outro país anuncia uma nova legislação visando o fornecimento de serviços digitais e/ou Bens de Pequeno Valor por não residentes. Esta é uma tendência particularmente crescente que estamos vendo com os países emergentes na região Ásia-Pacífico.

No seu relatório, a OCDE também formulou recomendações sobre como os países devem projetar e aplicar as regras para a tributação dos serviços digitais e dos Bens de Pequeno Valor. Embora a maioria dos países tenha expandido o âmbito do seu regime com base nestas recomendações, as regras e mecanismos pormenorizados implementados diferem de país para país (por exemplo, a definição de "serviços digitais", limites de registo, definição de "Bens de Pequeno Valor", etc.). Essas diferenças amplificam os desafios que as empresas e os mercados enfrentam ao identificar como gerenciar e mitigar seus registros no exterior e as obrigações de cumprimento.

Esperamos que esse Guia de Tributos Indiretos Internacionais 2022 seja útil a vocês e aos seus negócios. Compartilhe seus comentários conosco e junte-se ao nosso grupo VAT Club no LinkedIn para acompanhar notícias globais sobre VAT/GST e impostos sobre vendas, atualizações e insights sobre tributos indiretos internacionais.

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