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A importância das métricas e divulgação dos resultados ESG

Daniele Barreto e Silva
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As métricas são essenciais para que as empresas possam ter a dimensão dos impactos sociais e ambientais que provocam, assim como para comunicá-los de forma adequada. Na mesma medida em que o mercado financeiro se torna mais exigente quanto à pauta ESG – questões ambientais, sociais e de governança, as empresas precisam aprimorar seus processos de mensuração e apresentação de resultados, em relatórios detalhados.

No entanto, um dos grandes desafios dos indicadores de sustentabilidade sempre foi a subjetividade, exigindo das empresas encontrar maneiras mais adequadas e eficientes de demonstrar suas informações não-financeiras.

Dados da pesquisa ESG e as Empresas de Capital Aberto, realizada pela Grant Thornton Brasil, a XP Inc. e a Fundação Dom Cabral demonstram que a maioria das organizações consideram a avaliação de riscos socioambientais uma prioridade, mas que ainda há dificuldades em lidar com a subjetividade dos aspectos ESG: apenas 21% dos participantes indicaram ter métricas quantificáveis para analisar o desempenho ESG dos aspectos mais relevantes para a organização.

ESG e as empresas de capital aberto
ESG e as empresas de capital aberto
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Outro ponto revelado pela pesquisa é a forma de comunicar suas informações relativas à sustentabilidade. O reporte de dados ESG de forma clara e recorrente é realidade para 43% das empresas e apenas 23% divulgam suas informações ESG de forma estruturada em Relatório de Sustentabilidade.

A estratégia de reporte de sustentabilidade utilizada pela organização, assim como o conteúdo divulgado, é parte essencial para demonstração da maturidade da organização com relação aos aspectos ESG.

Neste sentido, os indicadores ESG precisam mostrar como o negócio gera valor ao longo do tempo, os riscos e impactos associados e, principalmente, a gestão sobre eles. Para isso, a seleção de indicadores adequados é fundamental.

A falta de uma taxonomia ESG global e de padronização no sistema de classificação de iniciativas de sustentabilidade, tem sido apontada como um dos principais desafios para que os diversos setores de atividade entrem em consonância com melhores práticas. Apesar disso, existem uma série de guias reconhecidos nacional e internacionalmente que auxiliam as organizações a identificarem quais os temas relevantes a considerar para seu negócio e definir métricas de gestão e reporte sobre eles.

Enquanto governos, instituições financeiras e reguladores se movimentam na direção da definição de guias a serem seguidos, é importante que as empresas estejam atentas e acompanhando as definições relativas aos seus setores ou países que fazem parte dos sistemas aos quais estão inseridos. No momento é importante a atitude organizacional proativa, para que no médio, ou até mesmo num prazo mais curto do que imaginamos, possam absorver de forma mais rápida e tranquila as exigências vindas das partes que se relacionam.

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