Diferenças regionais
A América Latina tem a maior porcentagem de cargos de liderança ocupados por mulheres, com 36% no total (embora esses dados se baseiem no desempenho de apenas dois países – Brasil e Argentina). A EMEA (Europa, África e Oriente Médio), a América do Norte e a União Europeia superam o valor de referência global de 33,5%.
Na América Latina, tem havido uma tendência constante e ativa de ações governamentais para promover as mulheres no trabalho. Houve um impulso legislativo na Argentina em 2018, que viu a Lei da Igualdade de Gênero ser apresentada ao Senado e à Câmara. Essa lei abordava a igualdade de gênero no trabalho com mudanças envolvendo salários, benefícios, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, maternidade e cuidados infantis.[iv] Além disso, em 2023, o Senado brasileiro aprovou uma emenda à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) para promover a igualdade salarial e uma remuneração justa.
No entanto, abaixo da superfície, há provas de que estes esforços não levaram a um progresso igual entre todas as empresas da América Latina. 12% das empresas não têm cargos de liderança ocupados por mulheres, enquanto 17% têm apenas um.
Há uma história semelhante na União Europeia, com 9% das empresas não tendo cargos de liderança ocupados por mulheres e 17% tendo apenas um.
No entanto, o cenário regional revela onde ocorreu a tendência de menor número de CEOs do sexo feminino. Houve uma queda de 15 pontos percentuais no número de CEOs mulheres nos Estados Unidos, uma queda de 14 pontos percentuais na China e uma queda de 8 pontos percentuais no Reino Unido entre 2023 e 2024.