S – Social
A política robusta em relação à saúde e segurança de trabalhadores e de comunidades locais em todo projeto de incorporação é apenas o ponto de partida para práticas responsáveis e sustentáveis no pilar social.
Em um cenário pós-pandemia e conforme às obrigatoriedades ESG avançam, o mercado de incorporação e construção encontra-se diante de novos desafios como mais pessoas trabalhando de casa; maior foco em conforto doméstico; escritórios com novos propósitos; prédios multiusos; e crescente preocupação com saúde e bem-estar. É preciso considerar ainda o aumento da população da terceira idade. Como resultado, muitos imóveis deverão ser projetados para este público tendo como foco a sua acessibilidade, saúde e conforto.
Todos esses desafios encontram respostas em novas tecnologias, mas também e principalmente numa nova abordagem na hora de pensar o empreendimento. Em práticas mais avançadas de ESG, as incorporações devem estar integradas às cidades e também contribuir para torná-las espaços melhores.
Conectando o pilar social com o ambiental, a emergência climática exige uma mudança no atual modelo de desenvolvimento das cidades. O World Resources Institute (WRI) por exemplo fomenta o Programa Cidades, com Mobilidade Urbana, Mobilidade Ativa e Desenvolvimento Urbano, com projetos para ruas, cidades com florestas, eletromobilidade no transporte coletivo, vitalidade urbana de bairros, etc.
Ainda no aspecto social, outro ponto de grande responsabilidade das incorporadoras é o da gestão da cadeia de valor - uma complexa rede de micro, pequenas, médias e grandes empresas de vários setores.
Habitualmente, o modelo de seleção de fornecedores se baseia principalmente nos preços. Não atentar para a responsabilidade social e ambiental dos fornecedores, com programas que considerem diligências de práticas, avaliações in loco e apoio ao desenvolvimento, pode acarretar grandes riscos, não apenas financeiros (como aumento das despesas e do custo de capital, dificuldade de acesso ao crédito e queda do valor de mercado das companhias), como também riscos legais e de reputação, refletindo negativamente nas marcas e em sua credibilidade perante os consumidores.