Quando a Grant Thornton iniciou o relatório em 2004, a proporção de cargos de liderança ocupados por mulheres em todo o mundo era de 19%. Nos últimos 17 anos, a tendência global de longo prazo mostra uma trajetória positiva, nunca caindo abaixo do primeiro nível registrado.
Desde 2017, quando um quarto dos cargos de alta administração eram ocupados por mulheres, o progresso continuou, mas tem sido lento e irregular. No ano passado, relatamos um nivelamento, com o número geral estático na marca de 29% registrada em 2019. Em 2021, porém, há motivos para otimismo, pois o número atingiu 31%, indicando que, em breve, um terço de todos os cargos de alta administração provavelmente serão ocupados por mulheres.
Ultrapassando a média
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Outro motivo de otimismo é a ultrapassagem da proporção máxima de 30% em nível global. A previsão é a de que, ao alcançar esse marco, incentive uma maior diversidade de gênero na alta administração e gere mudanças transformacionais duradouras.
Quando divididos regionalmente, vemos um ganho exponencial na prevalência de países com uma proporção de mulheres líderes excedendo esse ponto de inflexão. Isso ilustra uma massa crítica de progressão em nível global.
Além de acelerar as oportunidades para as mulheres impulsionadas por essas líderes femininas, a obtenção de 30% de mulheres em cargos de liderança demonstrou fazer uma diferença significativa na lucratividade e na participação de mercado de uma organização, de acordo com a autora do Women Lead the Way, Linda Tarr-Whelan, membro sênior do Women’s Leadership Initiative no think tank Demos dos Estados Unidos.
Ampliando a diversidade
Em 2021 atingimos um marco significativo, com nove em cada dez empresas em todo o mundo tendo pelo menos uma mulher em suas equipes de liderança. O fato de ter havido uma melhora de três pontos percentuais neste número desde 2020 é certamente uma continuação da tendência positiva observada nos últimos cinco anos. O trabalho das empresas em suas políticas de diversidade e inclusão está valendo a pena, mas também é possível que a pandemia do coronavírus tenha enfatizado a importância da diversidade na liderança em tempos de crise.