Aplicação da inteligência artificial no Brasil
O desenvolvimento de soluções com inteligência artificial aplicada tem avançado no mercado brasileiro nos últimos anos. De acordo com o relatório AI Index 2019, da Universidade de Stanford, o Brasil foi um dos cinco países que apresentou maior crescimento na contratação de IA entre 2015 e 2019.
Esse potencial é impulsionado, segundo o relatório, pela implementação de sistemas de reconhecimento facial (principalmente em estabelecimentos criminais e aeroportos) e por tecnologias atribuídas aos tribunais com foco na tomada de decisões automatizadas, identificação de inconsistências em dados legais, análise de processos de contratação, comércio e investimentos nacionais.
Também é comum observar a evolução da IA em empresas brasileiras dos setores financeiro e healthcare, além do constante surgimento de startups com a proposta de facilitar a adoção de novas tecnologias por empresas mais tradicionais.
Na visão do sócio de Consultoria em Transformação Digital da Grant Thornton Brasil, Mauricio Castro, as empresas brasileiras estão demonstrando um elevado grau de maturidade para implementar inteligência artificial nos negócios. “Quando nos comparamos com empresas de países mais desenvolvidos percebemos que ainda temos muito espaço para evoluir, mas o importante é perceber que caminhamos para um processo constante de mudança cultural e de mindset das lideranças para a evolução tecnológica nos negócios”, afirma.
Para sustentar esses avanços, o governo brasileiro tem discutido a instituição de uma Política Nacional de Inteligência Artificial que estimula a formação de um ambiente favorável ao desenvolvimento dessas tecnologias.
O Projeto de Lei proposta que está em tramitação no Senado (nº 5.691/2019) traça princípios e diretrizes como: o respeito aos direitos humanos, a proteção da privacidade e dos dados pessoais, o estabelecimento de padrões éticos para o uso da IA, o estímulo a investimentos públicos e privados em pesquisa e desenvolvimento de IA, melhoria da qualidade e da eficiência dos serviços oferecidos à população, a promoção de cooperação e interação entre os setores público e privado, o intercâmbio de informações e a colaboração entre especialistas e instituições nacionais e estrangeiras, dentre outros.