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IBR | 1° SEMESTRE 2019

Middle market reduz expectativas de crescimento

O International Business Report (IBR) realizado pela Grant Thornton fornece informações relevantes das empresas de middle market sobre as perspectivas e o otimismo em relação à economia e ao futuro dos negócios globalmente. Os resultados obtidos referente ao primeiro semestre de 2019 refletem as opiniões de cinco mil líderes de mercado em 35 países entre os meses de maio e junho considerando diversos indicadores.

 

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O cenário geral é desafiador. Em comparação com segundo semestre de 2018, o otimismo econômico, as expectativas de receita e de lucratividade estão em baixa. A maioria das principais medidas de crescimento retornaram aos níveis de 2016.

Por outro lado, existem aspectos que demonstram resiliência das empresas de médio porte. Uma dessas áreas são as expectativas de exportação, que são globalmente prejudicadas apesar da guerra comercial EUA-China. Algumas regiões também se mantiveram otimistas, e em naquelas que mal foram impactadas, como a Ásia-Pacífico (APAC), ainda existem sinais de crescimento, particularmente nos mercados emergentes.

Confira os principais resultados da pesquisa global:

Otimismo global em queda e a incerteza no middle market
  • O otimismo global caiu para 32%, abaixo dos 39% apresentados no segundo semestre de 2018.
  • A incerteza econômica permanece elevada - 46% das empresas identificam isso como uma restrição ao crescimento.
Expectativas de crescimento retraídas
  • As expectativas em torno de receitas, lucratividade e emprego caíram para os níveis de 2016 em todo o mundo;
  • Em comparação com períodos anteriores, menos empresas esperam aumentar os preços nos próximos 12 meses. Isso é consistente com riscos mais amplos de inflação fraca, especialmente quando o crescimento global está desacelerando.
Expectativas de exportação se mostram resilientes
  • Um quarto das empresas identifica as tarifas de comércio como uma das barreiras externas mais significativas para a expansão internacional, mas o otimismo das exportações resistiu bem apesar da desaceleração do crescimento do comércio. As expectativas de exportação da China estão em queda, enquanto as expectativas dos EUA estão em alta.
Intenções de investimentos estão em baixa, apesar dos resultados em P&D e tecnologia
  • As empresas geralmente estão reduzindo o investimento em novas instalações e maquinários – o equilíbrio das empresas que planejam um aumento neste sentido é o menor desde a crise financeira global. Esse cenário é, possivelmente, em resposta às crescentes preocupações com a escassez de pedidos, bem como ao aumento da incerteza.

  • Com a diminuição da demanda, as empresas parecem estar canalizando os investimentos em melhorias de qualidade e não de quantidade. As intenções de investimento em P&D são muito mais saudáveis, e as intenções de investimento em tecnologia estão se mostrando robustas. Isso é especialmente relevante para os mercados emergentes - África, Ásia e Ásia Oriental.
Escassez de financiamento é uma preocupação crescente
  • A escassez de financiamento tornou-se uma restrição desde o primeiro semestre de 2018, uma vez que os padrões de crédito se deterioraram, especialmente nos EUA.

  • Em uma escala de 1 a 5, com 5 sendo "grande restrição de crescimento" e 1 sendo "nenhuma restrição de crescimento", mais de um terço das empresas identificaram a falta de financiamento como 4 ou 5.

  • A escassez de financiamento é uma questão particular para as economias em desenvolvimento – os cinco principais países que destacam a falta de financiamento são: Rússia, Índia, Tailândia, Argentina e Malásia.
Otimismo europeu sustentado
  • O otimismo na União Europeia caiu modestamente para 26% no primeiro semestre de 2019 – 2% inferior em relação ao semestre imediatamente anterior.

  • A Europa continua a ser limitada pela continuidade das restrições do mercado de trabalho. 43% das empresas da UE identificam a falta de trabalhadores qualificados como um desafio.
Norte-americanos ainda são os mais otimistas
  • As empresas norte-americanas são as mais otimistas sobre as perspectivas de crescimento de seus países - quase 70% das empresas se identificam como "ligeiramente" ou "muito" otimistas.

  • As expectativas de exportação nos próximos 12 meses melhoraram seis pontos percentuais a 23% no primeiro semestre de 2019 a partir do segundo semestre de 2018.
APAC Emergente vs. APAC Desenvolvida
  • O otimismo está em baixa na APAC, caindo 8ppts desde o segundo semestre de 2018 e mais de 50% abaixo do primeiro semestre de 2018, mas os países menos desenvolvidos continuam a desafiar. De fato, as expectativas de crescimento de receita e lucro no mercado intermediário da ASEAN se fortaleceram e estão agora entre as mais altas que vemos globalmente.

  • Há uma grande diferença nas expectativas de crescimento das exportações entre os países desenvolvidos da APAC e da ASEAN - refletindo diferentes exposições à guerra comercial.
Otimismo cai dramaticamente na América Latina
  • O otimismo na América Latina experimentou um declínio dramático, caindo de 46% no segundo semestre de 2018 para 23% no primeiro semestre de 2019;

  • Este cenário reflete uma ampla desaceleração em toda a região, tendo o México como ponto principal.

  • , atingindo 29% no primeiro semestre de 2019 influenciado por fatores relacionados à incerteza econômica (62%), burocracia (56%), qualificação da força de trabalho (51%) e falta de financiamento (50%). Na visão do managing partner da Granbt Thornton Brasil, Daniel Maranhão, o sentimento positivo entre os investidores permanece. "Apesar da queda no otimismo dos empresários brasileiros, há uma expectativa muito grande em relação aos projetos a serem realizados pela atual equipe econômica. As possibilidades de termos reformas tributárias e previdenciárias, além de um programa de privatizações, geram um sentimento positivo aos investidores atentos aos rumos da política nacional e da retomada econômica. Os resultados relacionados a intenção de realizar investimentos em novas instalações, pesquisa e desenvolvimento, e tecnologia continuam elevados para aumentar a competitividade e a expansão da atuação no mercado”, afirma.